segunda-feira, 28 de abril de 2008

A cantada


Era uma daquelas tardes amenas de sábado.
Para nos refazer de uma semana atarefada, decidimos passar na delicatessen da esquina para um abastecimento emergencial de guloseimas: Patês, frios, tortas e biscoitos eram os objetos do nosso desejo.
Na loja, Jorge (a quem chamávamos carinhosamente de - leia com sotaque espanhol, sem rir: Jorge Rojo Horroroso) nos atendeu com a mesma atenção de sempre. A loja estava vazia e nós, nos esbaldamos. Em cada prateleira, mais delícias nos aguardavam. A escolha era difícil, devido à variedade de petiscos.
Num dado momento, cheio de romantismo, senti a necessidade de flertar com a minha gata e, segurando-a pela cintura, cantrolei baixinho em seu ouvido "- Beijar, tua boca sensual...".
Neste exato momento, abri o olho e lá estava ela, a minha mulher que, ao lado de Jorge, riam da situação esdrúxula:
Eu havia abraçado uma cliente que acabara de entrar na lojinha e eu não reparei. Que situação!
Pra completar a cena, o marido dessa moça estava ao volante do carro, estacionado bem na porta da loja, com cara de poucos amigos.
Imediatamernte fechei a conta e, na saída, me escangalhando de rir, cheio de sacolas e abraçado a minha esposa, bati no ombro do motorista dentro do carro e expliquei:
"- Foi mal, cara. Pensei que fosse a minha mulher!"

4 comentários:

Johnny disse...

Outro dia, quase abracei a prima da minha esposa, por trás.

Elas têm o mesmo porte, o mesmo penteado.

helio jenné disse...

Essas coisas acontecem, rs.
Valeu a visita, Johnny!
Abração.

Anônimo disse...

Eita mico.
Adorando!

helio jenné disse...

Mico? Foi um tremendo King Kong, hahaha! Legal que vc está curtindo, Anjinha. Beijos!